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Quebrando o Silêncio: A Luta Contra o Abuso Sexual Infantil em Rondônia

Com números alarmantes e histórias de superação, Rondônia enfrenta o desafio de combater o abuso sexual infantil, rompendo o ciclo de silêncio e impunidade.




As consequências psicológicas desse tipo de violência são intensas e podem afetar a vítima ao longo de toda a sua vida. Imagem: Quetila Ruiz

O abuso sexual infantil é um crime devastador que destrói vidas e deixa cicatrizes profundas. Em Rondônia, os números são alarmantes. Até setembro de 2024, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente - DPCA registrou 970 ocorrências de estupro de vulnerável, envolvendo crianças menores de 14 anos. Somente em Porto Velho, até outubro, foram registrados 193 boletins de ocorrência por estupro de vulnerável.


Uma dessas histórias é a de Cleyane Alves, ativista que transformou sua dor em luta. Sua mãe foi vítima de abuso, e o mesmo agressor abusou de Anne anos depois. Apesar da violência, ela encontrou forças para não se calar. Hoje psicóloga, ajudou a fundar a ONG Filhas do Boto e o Instituto Banzeiro da Amazônia, e aos 35 anos trabalha na prevenção e combate ao abuso sexual infantil nas comunidades ribeirinhas da região.

Cleyane busca mudar a vida de outras meninas e evitar que sofram o que ela sofreu quando criança. Imagem: Quetila Ruiz
“Entendi que a violência sexual é transgeracional e encontra esse contrato no silêncio”.

“Aqui na região Norte, as pessoas usam a lenda do boto para perpetuar esse crime, mascarando os abusos. Mas, eu quebrei esse ciclo na minha vida. O silêncio não ia, mas ser uma condição na minha família”, reforçou.


Além de ativistas como Anne, o Ministério Público de Rondônia também tem um papel essencial. As denúncias chegam por diversos canais, como delegacias, conselhos tutelares e escolas, e são tratadas com rigor. A promotora Lisandra Vanneska Monteiro explica que o MP atua rapidamente para proteger as vítimas.


A promotora Lisandra reforça que é necessário ficar atento ao comportamento das crianças. Imagem: Quetila Ruiz

"É fundamental que qualquer pessoa que tenha conhecimento de um abuso ou desconfie de mudanças de comportamento, lesões ou qualquer outro sinal suspeito nos procure e denuncie, para que possamos agir imediatamente", explicou a promotora.


Denunciar é o primeiro passo para romper o ciclo de violência. Se você é vítima ou souber de alguém que esteja passando por algum tipo de violência denuncie através dos números Telefone: (69) 3216-3971 / (69) 99945-0146, pelo e-mail: infancia4.pvh@mpro.mp.br ou diretamente pelo DISQUE 100. Versão em áudio


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